Monday, February 8, 2016

Como escolher entre 5000 universidades?


Como em qualquer outra coisa na vida você não estará recebendo apenas conteúdo ao estudar numa universidade norte-americana. Conteúdo tem na internet e nem por isso o mundo aceita que você se eduque sozinho usando apenas o Google. Claro que é possível como provam Steve Jobs e John Lennon. Mas para a maioria dos mortais uma boa universidade e todo o ambiente que estas instituições proporcionam são fundamentais para você se tornar uma pessoa melhor e com isso melhorar o mundo a sua volta (não é para isso que serve o conhecimento?).  

Enquanto isso o tal mundo globalizado reconhece o valor de um diploma dos EUA bem acima de um diploma italiano, coreano ou russo, claro que sempre com honrosas exceções.

Mas como escolher qual universidade serve para mim?

Existem quase 5.000 instituições de ensino superior nos EUA, mais ou menos o dobro que no Brasil (2377 credenciadas pelo MEC). Como no Brasil, um número enorme destas instituições são de abrangência local, Community Colleges ou instituições corporativas como GM University of mesmo McDonalds Humburg University. Se você quiser um emprego na GM ou no McDonalds pode até ser uma boa idéia, mas em geral fuja das universidades que não estiverem ranqueadas entre as 200 melhores.

A USNews publica todo ano um ranking que é no mínimo um bom guia. Aqui as instituições de ensino superior são divididas entre National Universities e Liberal Arts Colleges.

National Universities são as grandes universidades que normalmente são centros de excelência em pesquisa e concentram a maioria dos cursos de pós graduação.

Liberal Arts Colleges são escolas de nível de graduação, algumas delas excelentes, cujo objetivo principal é formar os alunos para a pós-graduação nas melhores universidades. Lembrando que medicina e direito por exemplo só existem nos EUA como pós graduação. Os melhores são muito caros (50 mil dólares por ano!) e extremamente seletivos.

Community Colleges são instituções locais, quase sempre públicas e financiadas pelo município, cujo public são em sua maioria jovens de renda media e media-baixa. Podem ser uma excelente opção de chegada para depois o aluno se transferir para uma universidade melhor ranqueada (no caso de alunos brasileiros).

Thursday, February 4, 2016

20 anos de experiência


A quase exatamente vinte anos atrás chegaram pelo correio alguns gordos envelopes. Dentro estavam as cartas de aceite, formulários e mais formulários, e brochuras explicando diversas coisas das universidades. Aceitos para pós-graduação nos Estados Unidos, embarcamos os dois numa aventura que continua até hoje.

Muita coisa mudou desde 1995/96. Eu por exemplo me lembro bem das horas passadas na biblioteca do ICBEU da Rua da Bahia, o único lugar em Belo Horizonte que tinha um catálogo com o nome e endereço dos programas de pós-graduação em arquitetura e urbanismo nos EUA. Hoje isto está tudo ao alcance do seu celular.  E ninguém vai receber gordos envelopes, apenas e-mails, documentos em pdf e hyperlinks diversos.

Uma coisa não mudou muito nos últimos 20 anos: o desconhecimento dos brasileiros em relação às universidades norte-americana.  Mesmo depois do Ciências sem Fronteiras ter trazido mais de 20.000 alunos brasileiros para cá.  Em 2014 haviam 900.000 estudantes estrangeiros regularmente matriculados os EUA, sendo 275 mil chineses, 100 mil indianos. O Brasil vinha em 11o , atrás do México, do Vietnam e da Turquia, três países cujas economias somadas superam a brasileira.

Este blog pretende servir de mapa para alunos brasileiros que queiram seguir esta mesma aventura de estudar numa universidade norte-americana. Vamos contar um pouco da história das universidades nos EUA e porque elas são, desde meados do século XX, consideradas as melhores do mundo. Vamos explicar o processo de aplicação e seleção. Vamos explicar o funcionamento, as oportunidades, as formas de financiamento e de bolsas disponíveis. Vamos falar um pouco da vida em volta de um campus norte-americano.

São 20 anos de experiência acumulada que agora resolvemos colocar na internet, disponível para todos.